Calamidade pública, a saúde de um país doente.

A vida dos brasileiros tem se tornado um inferno quando se fala em saúde publica no Brasil. O desvio de verbas nas prefeituras, os escândalos na falta de manutenção dos equipamentos ambulatoriais, a falta de profissionais e de medicação nos postos de saúde e hospitais, tem transformado a cada dia a saúde pública brasileira em verdadeiros depósitos de gente, em uma briga por um metro quadrado nos hospitais de urgência em todo território nacional.

            Há pouco mais de dez anos, tivemos um escândalo na politica no que se diz respeito a verbas para saúde pública, o deputado federal Pastor Heleno Silva que na época era do partido republicano brasileiro (PRB-SE) se envolveu num esquema de superfaturamento e venda de ambulâncias para varias prefeituras, assim se tornando réu das investigações da operação sanguessuga, conhecida também como a máfia das ambulâncias.

            Na última segunda-feira dia (09), meu filho Caio precisou de ortopedista no hospital da zona sul, Fernando Franco, chegando ao estabelecimento me deparo com a recepção lotada e sem o médico especialista, mas com o aparelho de raios-X funcionando, desta forma fui ao outro hospital, agora da zona norte de Aracaju Nestor Piva, com o problema inverso, tinha ortopedista, mas o aparelho raios-X estava quebrado, tendo pacientes esperando desde o inicio da manhã de segunda.

            Chegando ao Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), nos deparamos com uma cena extremamente chocante, parecia que tinha uma guerra no lado de fora e os guerrilheiros estavam sendo atendido, um estado de calamidade pública, pessoas brigando por espaço no chão do hospital, enfermos amontoados, gente a procura de macas, outras de cadeiras rodas, e claro na busca da sobrevivência. Profissionais que lutam para salvar vidas estavam naquele ambiente hospitalar que mais parecia um campo de batalha.